Galeria Circular

09/07/2020

Uma galeria de arte itinerante para apresentar algumas de suas obras para a população de São Paulo, especialmente as que moram nas periferias da cidade.

O lançamento da Galeria Circular ocorreu no bairro paulistano de Campo Limpo, local onde o artista cresceu. O ônibus também passou por bairros como Brasilândia, Vila Madalena, Cidade Tiradentes, Bom Retiro e na comunidade de Heliópolis.

O ônibus ganhou o nome de Galeria Circular, vai percorrer 12 locais na cidade de São Paulo e um no centro de Diadema, apresentando 14 de suas obras que estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo, como Monte Rushmore, grafite localizado em Nova York, em que Kobra retrata quatro dos principais artistas que admira - Frida Khalo, Basquiat, Keith Haring e Andy Warhol - no lugar dos quatro rostos esculpidos dos presidentes dos Estados Unidos. Há também obras como Let me Be Myself, em que Kobra retrata a jovem judia Anne Frank, vítima do nazismo, feito em Amsterdã, na Holanda; e Os Bravos de 11/09, uma homenagem aos bombeiros que trabalharam no resgaste aos feridos no ataque às Torres Gêmeas, em Nova York.

Algumas das obras expostas dentro ônibus são recortes de murais e outras são pinturas integrais. Do lado de fora, o ônibus apresenta parte do mural chamado Etnias, feito pelo artista no Rio de Janeiro, para as Olimpíadas de 2016. Esse é um dos maiores murais grafitado do mundo, com três mil metros quadrados.

Kobra, que entrou em um museu pela primeira vez quando tinha mais de 30 anos, disse que a ideia do ônibus é levar a arte para diversos locais da cidade, especialmente nas periferias onde cresceu. “As pessoas das periferias passam por tantas dificuldades e estou proporcionando um momento diferente, uma experiência para pessoas que, muitas vezes, nunca entraram em uma galeria de arte”, disse ele.

“Queria fazer [a exposição] de uma forma com que eu pudesse retribuir a questão da minha história, das comunidades e os locais por onde eu passei durante a minha infância aqui na cidade de São Paulo, e os amigos que eu formei ao longo desses anos. Já passei por cinco continentes, mas minha origem vem do Campo Limpo, do pessoal que hoje está vindo [aqui] e me dando este privilégio. A exposição de ônibus que eu estou levando para as comunidades é um presente para mim, um privilégio para mim. Tem tantas crianças vindo, me entregando presentes, entregando desenhos. Para mim está sendo uma honra, uma felicidade e uma surpresa muito grandes também”.

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